sexta-feira, 13 de junho de 2014

Copa DesconHexa

Na Copa em nossa Casa, será pizza o prato da vez? Pizza é coisa de Italiano. Mesmo? Será eles os campeões desta? Sem palpite. Contudo, sobre nossa realidade, nem sei o que dizer. Há certas ocasiões em que o silêncio diz mais que qualquer coisa. Mas nesse caso, calar-se seria consentir? Talvez sim. Por isso resolvi escrever. 

Primeiro gol da Copa de 2014 foi de um brasileiro. Ótimo, responsável pelo primeiro gol contra da seleção em Copas. Há 84 anos, em 97 partidas, desde 1930... ok, pra tudo tem sua primeira vez. Coitado, o Marcelo não fez por mal. Mas que criou uma metáfora impagável, criou. De toda corrupção envolvida nisso tudo, aquele gol esquisito não estava planejado, todos sabemos. Embora não corrupto, foi um tanto quanto irônico. A Copa de 2014 é gol contra. Gol contra os brasileiros. É gol de um brasileiro, mas contra. 

A Copa de 2014 é gol contra a gente. É gol dos coronéis. Mandatários cegos pelo poder e enlouquecidos pelo dinheiro do povo. Bola que salta na rede adversária da imoralidade das ações inconstitucionais e desumanas. Pobre cidadão, destarte rico de garra! A luta não parou. Não estou falando dos infiltrados (não duvido que pelo próprio governo) black blocs, mas de protestantes legítimos que acabam sendo camuflados por aqueles. Sim, gente como a gente, gente como eu. Gente!

"Verás que um filho teu não foge à luta", sim verás! 

Espero, sinceramente, que as eleições deste ano sejam consideradas expressivas, que nosso povo esteja em alerta; e, que essa "Copa da vez" não embarace nossos caminhos. No mais, recomendo a leitura:"Oportunidade que se transformou em crise". E, que neste ano, seja feliz nosso 5 de outubro.

segunda-feira, 9 de junho de 2014

Amigável Euforia


Minha vida é um "livro aberto", posso afirmar. Poucos vivem assim: perigosamente! Falar de si, em qualquer situação, requer coragem. É se arriscar por muito pouco. Crises interiores? Não se fala sobre isso. Tem gente mais preocupada com o carro do ano, o último lançamento das vitrines ou com o marido da vizinha. Não, nossos assuntos particulares não merecem exposição despretensiosa. Há coisas que temos dificuldade em descrever e não se deve sair falando demais por aí. Afinal, apenas os mais chegados conhecem o que realmente nos aflige, ou por vezes ninguém. O mal que nos perturba é todo nosso. Tomamos para nós. Não é para ser visto, quanto mais falar sobre! Egoísmo? Orgulho? Burrice? Não, não nada é disso? Não sei.

Nos bares, nas mesas em conversas entre amigos, os assuntos que predominam envolvem a vida do outro, de um outro e daquele outro. Raros são os que sentam para humilhar-se no falar e expor suas crises pedindo ajuda. Raros são os que sentam para crescer ao ouvir o outro falar de si. Raros são os que sentam para resolver - resolver mesmo, os impasses da vida e estabelecer vínculo maior. Dessas conversas assim a gente foge, temos medo. Egoísmo? Orgulho? Burrice? Não, não nada é disso? Não sei.

Acontece, que o fato de não ter dificuldade com essas questões não faz de mim melhor que ninguém. Ao contrário, sofro muito com isso. No entanto, como amo o lado bom de poder respirar, viver na "corda bamba" me faz feliz. Euforia domada é sensação libertadora e produtiva, donde nascem novas ideias e inúmeras possibilidades de ser, de recomeçar, de ir um pouco mais além. Faz-me lembrar que há vida logo ali, além daqui.

Uma ideia, outra ideia que seja... Um sonho, novo ou velho que seja... Eles brotam dos emaranhados do existir. A vida fica mais rica com ideias e sonhos que são meus quando transformados em nossos. Não é viver de utopia, são ideias que geram sonhos. É viver com consciência, não são pessoas medíocres que geram soluções. Não apenas pelas soluções, mas por maturidade, pelo crescimento. Realizar sonhos é coisa de gente grande. Grandes, os sonhos estão a nossa espera. Não pelos sonhos, mas pelo simples fato de tê-los, nossa vida tem mais vida!

Ei! O carro do ano, o último lançamento das vitrines ou o marido da vizinha são realmente interessantes pra você? 

Felicidade mais chegada, és bem-vinda. Sempre serás!